O
banco, a praça, o amigo
Um homem do
interior foi visitar uma cidade, onde nunca estivera antes. Chegou lá tímido e
só, não conhecendo nada e ninguém.Não se sentia à vontade e morria de saudade,
querendo voltar para sua terra. Andando pelas ruas encontrou uma praça e, na
praça, um banco, iguais aos que havia na sua cidade natal. Foi então sentar no
banco, para descansar e sentir-se um pouco mais à vontade. De repente alguém
lhe bateu no ombro. Ele olhou e disse admirado: “Fulano! Você por aqui ?” –“Pois
é, eu moro nesta cidade!” Era um velho amigo de infância. Sentados ali os dois
tiveram uma longa conversa, lembrando as coisas que ambos conheciam. No fim da
conversa, a timidez e a solidão desapareceram quase por um encanto, era como se
ele estivesse em casa, na sua terra. Foi abrindo os olhos com simpatia,
observando as coisas boas e más que havia por lá. Percebeu que muitos usavam
capacho na frente da porta e pensou: “Coisa boa! Assim, a mulher não precisa
trabalhar tanto na limpeza!” Viu ainda telas de arame na porta aberta da
cozinha, pra não deixar que as galinhas entrassem. Foi só então que ele se deu
conta: “É mesmo! As galinhas sujam a cozinha, é melhor mantê-las fora de casa!”
Apesar de ser um dia de muito sol, não sentia o calor como em sua cidade, e
pensou: “Por que será?” Olhou e percebeu que as arvores plantadas nas ruas
davam sombra e espantavam o calor. Voltando para sua terra, disse aos outros:
Gostei muito! Tem muita coisa que eles podem nos ensinar!Dois dias mais tarde
estendeu um capacho na frente da porta de sua casa, colocou uma tela de arame
na cozinha e foi falar com o prefeito, sugerindo que se plantassem árvores nas
ruas.
Um amigo
daquele Fulano foi fazer uma viagem à mesma cidade, que ele também não
conhecia. Mas não encontrou a praça, não viu o banco, e não encontrou ali
nenhum amigo. Passou três dias muito desagradáveis e solitários,pois não havia
nada ali de familiar que lhe lembrasse a sua terra. Voltou pra casa aborrecido
dizendo: “Não gostei, gente esquisita, imagine só: eles chegam ao ponto de
colocar tapetes até nas portas! Tem cabimento ? Não deixam as galinhas entrar
na cozinha! E na rua, você não anda direito, porque esbarra nas árvores.
Árvores, no meu entender, é para ficarem no mato!”
Assim somos
nós visitando o mundo da bíblia. Quem não encontra lá dentro nada de conhecido
e familiar que lhe lembre a sua terra e os seus problemas, esse dificilmente
criará dentro de si a abertura e a simpatia de que se precisa, para poder
apreciar no seu justo valor as coisas que existem por lá. Vale a pena lembrar
aqui o grande Santo São Jerônimo que nos exorta dizendo : “Desconhecer as
Sagradas Escrituras é desconhecer o próprio Jesus Cristo!” Portanto busquemos
atentamente aquele amigo que nos ajuda ver as coisas com os olhos da FÉ !
Ir. Francisca Letícia, OIC
Boa tarde !
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